Simão é o reforço mais desejado por Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, para render Di María.
O extremo do Atlético de Madrid tem sido tema de conversa na Luz, e Luís Filipe Vieira nunca escondeu que, se pudesse, resgatava o antigo capitão encarnado quando a situação se proporcionar. Sabe o DN que um dos motivos que levou o Benfica a protelar o anúncio da saída de Di María teve que ver com a vontade de oficializar, em simultâneo, a contratação de Simão, que, curiosamente, quando saiu foi rendido, em termos posicionais, pelo jovem internacional argentino.
Três anos depois, os papéis invertem-se e as circunstâncias são propícias ao desejo de Vieira, que também é partilhado pelo director desportivo Rui Costa e pelo treinador Jorge Jesus. Sobre Simão, não há qualquer tipo de divergência, tal é a unanimidade sobre o efeito que o futebolista português com mais jogos em Mundiais teria no rendimento da equipa e também junto dos sócios.
Depois, Simão está em final de contrato com o Atlético de Madrid. Tem mais uma temporada por cumprir e, a partir de Janeiro, pode comprometer-se com outro emblema, ficando o clube espanhol em claro prejuízo, pois pode ver sair um dos seus jogadores mais emblemáticos a custo zero. E Simão, relembre-se, foi contratado no Verão de 2007 a troco de 20 milhões de euros.
O Atlético, como é público, iniciou negociações com o jogador para prolongar contrato. Isto em Janeiro, mas as partes nunca mais voltaram a conversar, o que desagradou ao atleta. E este silêncio coincidiu com a entrada de Quique Flores no clube colchonero.
O antigo treinador do Benfica quer reforçar a defesa do Atlético, na mesma medida em que Luisão quer emigrar e o Benfica deseja o regresso de Simão. Ou seja, tudo se conjuga para que haja um final feliz para as partes envolvidas.
Simão, que só equaciona dois destinos caso deixe Madrid - futebol inglês, um dos seus sonhos, ou o Benfica -, nunca deixou de mostrar publicamente a sua vontade em terminar a carreira ao serviço do clube da Luz.
Para tal terá de baixar o vencimento, mas, por outro lado, verá sempre o aliciante de estar perto da família e num clube em que terá um estatuto superior àquele que detém em Madrid.
Mas há outro aliciante de índole desportiva que pode favorecer as pretensões do clube da Luz; Simão pode voltar a disputar a Liga dos Campeões, competição em que o Benfica está inserido e na qual deposita grandes esperanças. Ou seja, um grande palco para o futebolista de 30 anos. DN