TEM A PALAVRA O MISTER JORGE JESUS:
Jorge Jesus fez um balanço do estágio realizado na Suíça, falando do passado, presente e futuro do Benfica. O treinador reconhece que a equipa precisa urgentemente de um defesa-esquerdo, mas que Drenthe e Ansaldi não são as suas prioridades.
SOBRE A DEFESA:
«Neste momento, as minhas preocupações são defensivas. Temos usado o André Almeida e o Wass na direita, mas têm ainda muito para aprender e crescer. O Rúben Amorim seria fundamental para dar maior equilíbrio à equipa mas ainda não recuperou das operações a que foi sujeito. Já sei que não vou ter um lateral no dia 26 [Maxi Pereira], mas precisamos de um defesa-esquerdo rapidamente». Ainda à esquerda, Jorge Jesus garantiu que Drenthe e Ansaldi são jogadores interessantes, porém, não fazem parte das suas prioridades.
«O Drenthe é um jogador que, ofensivamente, tem algumas qualidades parecidas com o Fábio Coentrão. Mas defensivamente não pode fazer aquilo que eu fiz do Fábio. Não é a nossa prioridade», revelou. Quanto a Ansaldi...
«O Ansaldi faz bem a esquerda e a direita, mas se me dessem a escolher, teríamos outras prioridades», disse.
O treinador mostra-se satisfeito com o número de opções no plantel, no entanto, não assume que esta equipa tenha mais qualidade que a que treinou no primeiro ano ao serviço do Benfica.
SOBRE O MEIO-CAMPO E ATAQUE:
«Tenho mais opções do meio-campo para a frente. E caso se confirme o que estamos a pensar para equilibrar o plantel, então terei mais opções. Mas não digo que esta equipa seja a mais forte que treinei. No primeiro ano de Benfica tinha jogadores que acabaram por sair para as melhores equipas do Mundo. A qualidade paga-se», revelou o treinador dos encarnados.
SOBRE AS DISPENSAS:
Quanto à lista de dispensas, Jesus diz que irá comunicar a decisão a quem fica e a quem não tem lugar no plantel benfiquista.
«Ainda não dispensámos jogadores, mas há vários que têm de sair. Até chegarmos a Lisboa, todos os que trabalham connosco vão saber da decisão por mim», afirmou.
SOBRE AXEL WITSEL:
Treinador do Benfica não dá como garantida a contratação de Witsel, mas não esconde a admiração pelas qualidades do jogador.
«Gostava de dar certezas, mas não posso falar de jogadores que não estão no Benfica. É com os que estão que tenho de contar. Conheço bem o Witsel que jogou contra mim quando eu estava no SC Braga. É um jogador que adaptava-se muito bem nas características que quero para o Benfica», assumiu Jorge Jesus.
A RESPEITO DE ARTUR E ROBERTO:
Treinador encarnado tem apostado no ex-guarda-redes do SC Braga, dando um claro sinal de que será esta a opção para os primeiros jogos oficiais. Mas elogia Roberto.
«Estou a dar prioridade ao Artur porque quero que ele conheça a forma da equipa defender. É um guarda-redes que joga um pouco subido porque, como sabem, a nossa equipa joga subida e precisamos que ele trabalhe esse aspecto», disse, aproveitando para elogiar Roberto, segunda opção nesta altura.
«Roberto é guarda-redes do Benfica. Acho que tem muito valor. Tem poucos anos de baliza, mas tem muita qualidade. Será um grande guarda-redes no futuro. Estaremos cá para ver se é assim, ou não», afirmou.
SOBRE LUISÃO:
Treinador rasga elogios ao jogador brasileiro e diz não estar preparado para perdê-lo.
«O Luisão conhece todos os processos da equipa, é líder dentro do campo e seria uma baixa complicada perdê-lo. No entanto, como o presidente tem dito, há situações em que podemos valorizar os jogadores e podem sempre sair. A mim compete-me ganhar títulos e valorizar os jogadores. É isso que tenho feito», disse.
A RESPEITO DE FÁBIO COENTRÃO:
O treinador das águias não esconde que não foi fácil perder um jogador com as características de Fábio Coentrão, mas diz que a sua saída é sinal de que o clube continua a valorizar os atletas.
«Por um lado fico satisfeito com a saída de Fábio Coentrão, porque é sinal de que o trabalho realizado pelo Benfica o valorizou, caso contrário não teria saído para uma das melhores equipas do Mundo», começou por dizer o técnico, acrescentando:
- No início poucos pensavam que o Fábio poderia ter uma trajectória destas. Fiquei com pena de o ver sair, mas não há volta a dar. Sei que trabalhar em Portugal, em clubes como o Benfica, há a exigência dos títulos, mas também a de trabalhar jogadores com potencial para criar capacidade de financiamento ao clube. Também faz parte do trabalho de treinador e é isso que tenho feito.B
«Dia 26 estaremos a outro nível»