AINDA HÁ SPORTINGUISTAS COM NÍVEL - ARTIGO DE ZÉ DIOGO QUINTELA..
"As equipas de Bartolomeu e Pinto da Costa somam 12 penáltis em 14 jornadas, ou seja, um terço (33 por cento) do total da Primeira Liga.
Um "must"!" Por João Querido Manha, na sua crónica no jornal Record...
O ano está quase pronto a dar entrada nos arquivos como o do regresso do Benfica à linha do sucesso, com toda a pompa, mas são legítimas as dúvidas sobre a circunstância e inúmeros os que observam o trajeto da equipa de Jorge Jesus como um fenómeno conjuntural, bastante facilitado pela fragilidade psicológica dos protagonistas envolvidos nos julgamentos, judiciais, desportivos e populares, do processo conhecido pelo absurdo nome de "Apito Dourado".
O penálti que abriu caminho ao triunfo da União de Leiria na Figueira da Foz é um daqueles lances emblemáticos, a levantar a ponta do véu. As equipas de Bartolomeu e Pinto da Costa somam 12 penáltis em 14 jornadas, ou seja, um terço (33%) do total da 1.ª Liga. Um "must"!
Assistimos a um regresso às origens, com o grupo dos figurões a voltar pelos "bons" motivos à primeira linha das notícias, faltando apenas no ramalhete o abandonado "compagnon de route" do Boavista. Os sinais de impunidade que os arquivamentos sucessivos foram passando, ao mesmo tempo que a Liga se reposicionava internamente, elegendo para líder uma figura "acima de toda a suspeita", foram chancelados em particular pelo Benfica, inebriado pelos vapores do sucesso, sem dar conta de quão efémero ele era.
Dentro das quatro linhas, viveu-se o paralelismo simbólico dessa grande operação de retoma, com a reorganização desportiva do FC Porto, em contraste com o relaxamento e descuido dos recentes campeões. A entrada firme na nova época foi fundamental e remeteu para um procedimento clássico e comum na maioria dos títulos dos últimos 30 anos, assegurados normalmente nas primeiras dez jornadas com intervenções cirúrgicas nos próprios jogos e nos dos adversários.
Afinal 2010 não será o ano da águia e pode vir a ser visto mais tarde como um insignificante incidente do longo percurso dessa força descomunal que o líder natural descrevia ontem de modo muito honesto: "depois, a jornada acaba sempre com uma vitória nossa".
Leia a crónica completa em http://www.record.xl.pt/opiniao/cronistas/zona_m/interior.aspx?content_id=631385
A Bola censurou parte da crónica de José Diogo Quintela, na qual o sportiguista, um dos Gato Fedorento, critica veementemente Miguel Sousa Tavares. O texto censurado resulta de uma 'guerra' de palavras gerada com a posição obscura de Sousa Tavares sobre as escutas do Apito Dourado... Apanhado aqui: 'FC Porto, A Mentira Desportiva'
Esta censura, perpetrada pela Bola, levou Ricardo Araújo Pereira a solidarizar-se com José Diogo Quintela e, ambos, deixam de escrever para esse jornal...
Autor: José Diogo Quintela
Na 3ª feira, Miguel Sousa Tavares insinuou que eu e o Ricardo Araújo Pereira costumamos corrigi-lo por ele ter sido o único convidado, além do Presidente da República, a não ter vindo ao “Gato Fedorento Esmiúça os Sufrágios”. O Ricardo desmentiu ontem essa tese de vendetta e julgo não ser necessário voltar a referir as inúmeras pessoas que também não aceitaram o nosso convite, pessoas que não costumamos corrigir. ( até aqui o Jornal A Bola publicou, tudo o resto foi cortado pelo lápis azul...) Talvez porque não tenham por hábito defender teses absurdas e incoerentes sobre o Apito Dourado.
Por outro lado, há muita gente sobre quem costumo escrever e que foi ao programa. José Sócrates e Passos Coelho, por exemplo. Deve ser para lhes pagar o favor de terem aceite o convite. Acha MST que hoje diremos que o convite foi um erro e que não sabemos porque o convidámos. Acha também que sabe bem porque é que não aceitou. Engana-se.
Para já, não foi erro nenhum, sabemos bem porque o convidámos: para ele fazer o que faz aqui, mas na televisão, que é mais espectacular. Depois, palpita-me que ele já não sabe porque recusou: aquilo passou-se há um ano, tempo mais que suficiente para MST entretanto ter mudado a sua convicção.
Entretanto, pela segunda vez num ano, MST tenta intimidar-me por causa do que escrevo nestas crónicas. Em Janeiro pediu a Pinto da Costa para que me processasse. Desta vez, vitimiza-se e ameaça abandonar a sua crónica n’A BOLA, pretendendo que o Ricardo e eu sejamos responsabilizados pela sua saída. Depois das queixinhas, uma ameaça de amuo. Que birra se seguirá? Suster a respiração? Que outras traquinices tem MST em carteira para me sensibilizar?
Não gostava que MST deixasse de escrever aqui. Gosto de o ler. Quero que, entre outras coisas, continue a dizer que, quando Porto lhe pagou uma viagem, Calheiros estava reformado (a sério, não sei mais o que faça para desmentir isto. Trazer cá o homem? Se lhe pagar a viagem, de certeza que vem…).
Por isso, deixo-lhe um pedido. Faça às nossas crónicas o mesmo que faz com as fontes que cita: não as leia. Ignore-as. Finja que não existem, não responda. É um direito que o assiste.Olhe, até vem consagrado na 5ª emenda (que faz mesmo parte da Constituição, não é como a Declaração de independência). MST pode invocá-la. Evitará auto-incriminar-se.”
Mais pormenores publicados por José diogo Quintela, AQUI
"No Trio d'Ataque de terça-feira, depois da saída de Rui Moreira (que fez lembrar a fuga do árbitro Paulo Baptista das Antas, quando Pinto da Costa lhe quis oferecer «jantar»), Rui Oliveira e Costa (ROC) disse que as escutas são uma forma de tortura. Disse também que não as discutia porque, cito, «não lavo a cara no bidé», o que faz dele um dos mais completos comentadores desportivos de país: não só perora sobre futebol como, ao mesmo tempo, fornece informações sobre os seus hábitos de higiene. Gosto disso e vou copiar o modelo.