O inquérito governamental às acusações de práticas violentas pelo FC Porto apurou as primeiras conclusões. Uma rede unindo polícias e marginais tem sido responsável pela segurança de Pinto da Costa e pelas agressões e intimidações a árbitros, jogadores e dirigentes desportivos rivais.
José Branquinho, comissário da PSP e responsável pela 1.ª esquadra da baixa do Porto, é um dos principais visados no inquérito que já decorre através do Ministério da Administração Interna para apurar os responsáveis pelas cenas de violência verificadas no FC Porto - Benfica. Mas há mais. Os sub-intendentes Paulo Ribeiro e Delfim Passos também estão na mira dos inquiridores, «por terem "abafado" graves situações provocadas por desordeiros pertencentes áquele corpo policial em situações anteriores, dos adeptos do futebol», soube O Independente junto de fonte ligada à investigação.
O comissário Branquinho que foi distinguido por bons serviços no tempo de Eurico de Melo pela pasta da defesa é para já o principal visado. São conhecidas as suas anteriores ligações a Alfredo da Silva Teixeira e António Bernardino Pinto, dois marginais presos em 28 de Fevereiro do ano passado por posse de heroína, por quem se fazia acompanhar muitas vezes para prestar proteção a Pinto da Costa e a alguns dirigentes do FC Porto.
Os dois indivíduos em causa foram apanhados em flagrante delito na portagem dos Carvalhos em Gaia, na posse de 600 gramas de heroína e acompanhados pelo comerciante e chefe da rede, Fernando Ferreira. Pinto está preso em Guimarães e Teixeira conseguiu prisão domiciliária, mas as más companhias parece estarem a comprometer o comissário Branquinho. Este grupo de que existem fortes suspeitas de ser liderado pelo conhecido comissário da Baixa do Porto, envolve os nomes de Alfredo Teixeira, e Ribeiro Pinto e, também Abel Gomes, Damião Monteiro. Abílio Costa, Virgílio Marques e ainda um guarda de nome Correia.
Bons Rapazes Os dois primeiros elementos da segurança portista estão detidos. Damião Monteiro foi expulso da PSP por alegadas ligações a uma rede de prostituição. Abílio Costa, ex-subchefe da mesma corporação, foi também «corrido» da polícia por se apoderar de objectos furtados, vendendo-os posteriormente. Virgílio Marques conhecido por «Maradona» é porteiro da "Teia" na Rua de Santa Catarina e assíduo acompanhante da Direção Portista - ainda recentemente esteve com os dirigentes do FC Porto no estádio de Alvalade, no jogo frente ao Sporting, onde pôde ser visto na televisão quando alguns dirigentes prestavam declarações à Comunicação Social.
Quanto ao guarda Correia, segundo as nossas fontes, «é ele quem distribui as UZZI ao grupo que protege o Clã Portista». O guarda Correia gozara da protecção do Comissário Branquinho e dos subintendentes Paulo Ribeiro e Delfim Passos. As pequenas metrelhadoras são fornecidas ao grupo todas as sextas-feiras, antes dos jogos considerados importantes, ficando na posse dos citados indivíduos durante todo o fim-de-semana seguindo com eles nas suas deslocações aos mais variados estádios do País, mesmo nas deslocações de avião.
Recorde-se já não é a primeira vez que vários porteiros de campos de futebol têm feito referência a intimidações sofridas com esse tipo de armas por acompanhantes não-identificados de dirigentes do FC Porto. No Restelo, no ano passado, um porteiro do Belenenses disse-se ameaçado por um indivíduo que possuía uma arma dessas, tendo-se já falado, na altura no nome do guarda Abel Gomes. Mesmo no desenrolar de alguns encontros de modalidades, como o Andebol e o basquetebol, já se registaram agressões e intimidações embora não tenham tido a divulgação de cenas semelhantes no futebol.
O Académico de Braga (andebol), o Sporting (hóquei em patins) e o Benfica (basquetebol) foram os mais sacrificados. Ainda há cerca de um mês no pavilhão do Académico de Braga, no final do jogo de andebol entre o clube local e o Porto, ganho pelo primeiro, se verificaram violentos confrontos com elementos da «segurança» portista, o mesmo sucedendo no pavilhão das Antas quando o Benfica se sagrou Campeão Nacional de basquetebol. Em ambos os casos houve feridos.
Abafos na Intendência A juntar a todos estes personagens, surgem então o conhecido Abel Gomes, o motorista Araújo, da PSP, e Jorge Luís Batista Cardoso, o «Herói», assaltante com cadastro e consumidor de drogas. Segundo as contas dos inquiridores, Branquinho terá perto de 30 homens «prontos» para o que der e vier e que têm demonstrado ultimamente uma atitude tão agressiva quanto capaz de provocar uma verdadeira tragédia.
Mas dentro da própria PSP do Porto já há reclamações, «apesar do natural receio que estas denúncias possam trazer». O segundo-subchefe Filipe Nogueira Gomes apresentou na 2.ª Divisão da 16.ª Esquadra em 1/05/1991, a participação n.º 2459 contra Abel Gomes, por agressão a um superior. Diz o subchefe Nogueira que o guarda Abel «dificultou a minha acção junto de outro indivíduos (suspeitos), agarrando-me e disferindo-me uma forte cabeçada no maxilar inferior». Mesmo assim, e depois de movido o processo, Abel não foi suspenso. Continua a sua actividade como se nada se tivesse passado, perante a indignação de alguns dos seus colegas.
Diz-se entre eles que isto só é possível porque o subintendente Paulo Ribeiro, «abafou o caso». É, aliás, uma situação que recusam comentar publicamente, mas afirmam «à boca cheia» que «enquanto Paulo Ribeiro mandar, o Abel Gomes faz o que quer e o que lhe apetece». «É frequente reunir-se com alguns graduados na Cervejaria Sá Rei, bebendo uns copos já depois da hora de fecho. Estranham também a facilidade e a frequência com que Abel traz equipamentos do FC Porto para utilizar nos jogos de futebol de salão realizados entre eles».
Segundo apurámos, Abel e outros elementos do seu grupo são vistos frequentemente em fato-de-treino, demonstrando preferência pela Adidas, marca que fornece o clube das Antas. Não faltando inclusive a Abel Gomes o característico «boné à Artur Jorge». Ainda em relação às actitudes do guarda Abel, são frequentes as alusões ao seu «exibicionismo bacoco, contrariamente ao que se diz ser», e a um estilo de vida acima das suas possibilidades de agente. Segundo alguns colegas da PSP, vai todos os dias ao Bingo do Boavista, onde gasta vários contos de rei, «gostando de se fazer acompanhar». «É evidente que ele não tem ordenado para isso...», diz-nos quem o conhece.
Fonte: Jornal " O Independente", de 17 de Maio de 1991
Carlos Calheiros — Viagem ao Brasil Paga pelo FC do Porto
De suspeita em suspeita continuou a arbitragem. Até que veio à baila o país idílico que é o Brasil. Não pelas suas lindas praias, mas porque em 1995 o árbitro Carlos Calheiros, de Viana de Castelo, a apitar no escalão superior, viajou para esse país, de férias, acompanhado da sua família, e a factura da despesa das viagens acabou por ser paga pelo FC Porto, curiosamente, à Agência Cosmos, que normalmente trabalha com o clube das Antas. A despesa apontava para 762 mil escudos. Pinto da Costa veio a terreiro defender o árbitro, justificando o sucedido com um mero lapso de secretaria da Agência propriedade de Joaquim Oliveira. O árbitro, por sua vez, acusou quem o dizia defender. Em que ficávamos? Tudo estava sob suspeita. E sob suspeita ficou. O caso foi arquivado pela FPF e o Ministério Público confirmou terem existido alegados actos de corrupção, embora não tenha sido provado que a viagem ao Brasil de Carlos Calheiros e família tenha sido para pagar favores ao FC Porto"".
Fonte: Jornal " O Independente" Edição de 17 de Maio de 1991
Autoridades admite estar a investigar outros árbitros e dirigentes desportivos
O processo «Apito Dourado» poderá ter novos arguidos. O Jornal de Notícias avança na edição deste domingo que podem ser feitas mais detenções nos próximos tempos. A cinco meses do fim do prazo para ser deduzida a acusação, a Polícia Judiciária admite estar a investigar outros árbitros e dirigentes desportivos.
Ainda de acordo com o mesmo jornal, os novos casos estão relacionados com as primeiras detenções, realizadas em Abril. Envolvem vários árbitros e dirigentes de clubes da Liga de Honra.
As acusações apontadas ao presidente do Futebol Clube do Porto, Pinto da Costa, indicam casos de corrupção para a alteração da verdade desportiva. A PJ e o Ministério Público terão conseguido chegar a estas conclusões na sequência de escutas telefónicas realizadas a dirigentes do futebol nacional, nomeadamente o próprio Pinto da Costa, Pinto de Sousa e Valentim Loureiro.
MP diz que António Araújo organizava orgias
As medidas de coacção impostas pela juíza Ana Cláudia Nogueira a António Araújo são reveladoras da importância do empresário no processo. Alegadamente, de acordo com o jornal 24 Horas, o empresário organizava festas e orgias com árbitros que favoreciam o FC Porto.
Daí a proibição imposta ao empresário de frequentar «casas de alterne», onde supostamente organizava as festas. Ainda de acordo com o mesmo jornal, essa é a ilação a que chegam o Ministério Público de Gondomar e os inspectores da Secção do Porto de Investigação da Corrupção e Combate à Criminalidade Económica e Financeira, ao tomar conhecimento, através de escutas telefónicas efectuadas desde Abril.
Menezes à campeão
Para «oferecer» ao FC Porto o seu Centro de Estágio, a Câmara de Gaia gastou mais de 16 milhões de euros e endividou-se até 2011. Resultado de uma investigação das Finanças já enviada para o Ministério Público
Miguel Carvalho / VISÃO nº 604 30 Set. 2004
Luís Filipe Menezes bem merece um «dragão de ouro».
Enquanto presidente da Câmara de Gaia, entregou ao FC Porto uma das mais valiosas prendas que o clube recebeu, nos últimos anos, o Centro de Estágio do Olival. Os custos couberam apenas ao município: mais de 16 milhões de euros (quase 3,3 milhões de contos) de dinheiros públicos. Os «dragões» receberam ainda, e à borla, os direitos de superfície por 50 anos e apenas liquidam uma renda mensal pouco superior a 500 euros (100 contos). Se um dia se fartarem, vão à sua vida, sem qualquer compensação para a edilidade. A autarquia, essa, ficaria com um elefante branco, cuja gestão ela própria reconhece não ser capaz de assegurar: «Seria desastrosa do ponto de vista dos recursos públicos», admite o executivo camarário, num documento da sua lavra.
Estas são, em resumo, as principais conclusões de um extenso relatório de uma auditoria da Inspecção-Geral de Finanças à Câmara de Gaia, a que a VISÃO teve acesso. O documento definitivo, recebido em Maio último no gabinete de Menezes, visa, sobretudo, a gestão da parceria entre o município e o FC Porto, SAD. As irregularidades e ilegalidades detectadas pelos inspectores dão pano para mangas e revelam uma calamitosa gestão pública, motivo pelo qual o relatório foi enviado para o Ministério Público.
A maioria das situações detectadas nas escutas telefónicas no âmbito do processo Apito Dourado passam mesmo pela oferta de bilhetes para jogos internacionais, que o magistrado Carlos Teixeira considerou configurarem o crime de corrupção e serem passíveis de infracção disciplinar no caso dos magistrados que solicitaram as ofertas.
Outras há que não deram origem a qualquer extracção de certidão criminal, por nem sequer se ter determinado quem eram os envolvidos. No entanto, fica claro como se processava algumas teias de favores. Exemplo disso é uma conversa entre Pinto da Costa e o empresário Jorge Mendes, onde o dirigente portista pede ao segundo para arranjar um clube da 2.ª divisão para um guarda-redes que eles próprios consideram não ser especialmente dotado.
O motivo, no entanto, é claro: Pinto da Costa quer que o empresário faça o favor ao irmão do jogador, comissário da PSP de Gaia, cujo cargo, segundo Pinto da Costa, “tem sempre interesse”.
Dois dos magistrados envolvidos nesta situação (pedido de bilhetes) são Antero Luís, na altura juiz de 1.ª instância, actualmente director do SIS, e Madeira Pinto, juiz desembargador da Relação do Porto e à data magistrado do Tribunal de Menores.
Segundo as escutas, que deram origem a uma das certidões, Antero Luís pretenderia bilhetes para a inauguração do Estádio da Luz, enquanto Madeira Pinto queria assistir ao encontro Porto-Manchester. Os pedidos foram feitos através do advogado Lourenço Pinto e tiveram como interlocutores Valentim Loureiro e Pinto da Costa. Lourenço Pinto garantiu que os bilhetes foram pagos.
O árbitro Jacinto Paixão, arguido no caso de corrupção no futebol "Apito Dourado", confirmou hoje a presença de prostitutas no seu hotel, após arbitrar o jogo FC Porto- Estrela Amadora, e apontou o dedo a dirigentes dos "dragões".
"Quando chegámos ao hotel, estavam lá as senhoras. Três meninas que eu não sei quem lá as meteu. Eu corri com elas e, a partir daí, não sei o que se passou. Mas eu não tive relações sexuais.
Pensava que tinha sido uma brincadeira entre amigos (durante a viagem, com os dois assistentes e outros dois indivíduos de Évora)", disse Jacinto Paixão, em entrevista à TVI.
O "juiz" eborense contou que, durante o percurso para o Porto, ele e os seus companheiros de viagem falaram sobre o recurso ao serviço de prostitutas, tendo alguém avançado com o nome do empresário António Araújo, ligado a negócios de jogadores com o FC Porto e igualmente arguido neste processo.
Na partida em causa, disputada a 24 de Janeiro de 2004, o FC Porto recebeu e bateu o "lanterna vermelha" Estrela Amadora, por 2-0, com dois golos do sul-africano Benni McCarthy, aos 30 e 49 minutos, embora o segundo tento tivesse sido obtido em posição irregular, no quarto minuto de compensação da primeira parte.
Após essa 19ª ronda da Superliga, os "dragões" mantiveram a vantagem de cinco pontos sobre o segundo classificado, Sporting, antes de uma decisiva visita a Alvalade, na jornada seguinte. Em caso de empate ou derrota com os amadorenses, a distância para os "leões" ficaria encurtada para três ou dois pontos, respectivamente.
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Erros de Jacinto Paixão ajudam FC Porto a ganhar
A juíza Ana Cláudia Nogueira terá considerado que Jacinto Paixão, na época passada, poderá ter ajudado o FC Porto a ganhar (2-0) o encontro que disputou, nas Antas, frente ao Estrela da Amadora, a contar para a 19.ª jornada da SuperLiga.
Segundo apurou o CM, a magistrada do Tribunal de Gondomar defenderá que o árbitro Jacinto Paixão e os auxiliares José Chilrito e Manuel Quadrado, até ao segundo golo dos “dragões”, prejudicaram o Estrela com erros que interferiram no resultado. Já dos lances que beneficiaram os ‘tricolores’, como alguns foras-de-jogo mal assinalados, a opinião da juíza seria que não tiveram qualquer interferência no desfecho final.
Dos oito erros mais evidentes, Ana Cláudia Nogueira terá destacado uma rasteira de Paulo Ferreira a Semedo (14 minutos), quando este se isolava em direcção à baliza de Vítor Baía. Jacinto Paixão nem falta assinalou. Confrontado com este lance, o árbitro terá referido que, no campo, não apreciou qualquer falta, mas que depois de ver na TV concluiu que, afinal, só não marcou falta por estar mal posicionado.
No minuto 17, é assinalado um ‘off-side’ inexistente a um jogador dos ‘tricolores’. Doze minutos depois, o FC Porto inaugura o marcador, por McCarthy. O golo é alcançado na sequência de um pontapé de canto, que teve origem numa jogada onde Sérgio Conceição parece estar em fora-de-jogo. A dois minutos do intervalo não é sancionado um fora de jogo ao sul-africano e é assinalado uma falta idêntica, duvidosa, aos portistas. Já nos descontos da primeira parte, McCarthy volta a facturar, beneficiando de uma nítida posição de fora-de-jogo.
"Um dos casos analisados pela magistrada judicial prende-se com o jogo FC Porto-Estrela da Amadora, da 19.ª jornada da Superliga e no qual foram validados dois golos aos dragões pelo árbitro Jacinto Paixão. Os investigadores recorreram a três ex-árbitros internacionais (Avelino Antunes, Vítor Pereira e Jorge Coroado), que terão sido categóricos ao afirmar que em ambos os golos o jogador estava em situação de fora de jogo. Por outro lado, os mesmos especialistas terão notado que houve um conjunto de faltas não assinaladas ao FC Porto.
Ainda de acordo com o semanário, Jacinto Paixão e os auxiliares José Chilrito e Manuel Quadros terão sido confrontados com os indícios recolhidos durante a investigação pela juíza Ana Cláudia Nogueira. Estes terão confessado terem tido relações sexuais com prostitutas após o jogo, mas terão afirmado desconhecer quem as contratou e pagou. No entanto, no auto de interrogatório - e não no despacho de pronúncia, uma vez que ainda não há acusação -, a magistrado terá expressado a convicção de que os serviços de três cidadãs brasileiras terão sido contratados pelo empresário António Araújo com a conivência de Pinto da Costa." DN 17 Abril 2005
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Presidente do FC Porto teve de pagar 125 mil euros de caução Pinto da Costa suspeito de praticar cinco crimes
Pinto da Costa entrou no processo ‘Apito Dourado’ a 2 de Dezembro de 2004, data em que a 2.ª fase desta operação deteve para interrogatório mais cinco arguidos: o empresário António Araújo, os árbitros Jacinto Paixão e Augusto Duarte e os árbitros assistentes José Chilrito e Manuel Quadrado.
Por estar ausento do país, Pinto da Costa só se apresentou em tribunal no dia seguinte (surgiu acompanhado por elementos da claque Super Dragões) e ficou a saber que o interrogatória da juiza Ana Cláudia Nogueira no dia 9. Nessa data, que coincidiu com o FC Porto-Chelsea (2-1), Pinto da Costa ficou a saber que está indiciado de cinco crimes: dois de corrupção desportiva activa, dois de tráfico de influências e um de cumplicidade em falsificação de documentos. Para ficar em liberdade, Pinto da Costa teve de pagar uma caução de 125 mil euros.
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Certo dia, numa deslocação ao Restelo, um grupo de elementos fez-se notar, por gestos e atitudes pouco comuns a acompanhantes de uma equipa de futebol. Possuíam cartões de livre trânsito emitidos pela FPF, que lhes franqueavam o acesso a zonas restritas dos estádios. Há quem garanta ter visto armas. Há até quem jure que eles próprios faziam questão de as exibir.
O guarda Abel era uma desses elementos, o que obrigou a PSP agir disciplinarmente. Abel Gomes acabaria por ser mais tarde colocado na Divisão de Trânsito, em funções de secretaria. Até entrar de baixa prolongada manteve essas funções. Há cerca de um mês passou à situação de pré-aposentação, ainda de acordo com informação prestada por fonte da Direcção Nacional da PSP.
AMEAÇAS DE MORTE
O mais célebre episódio com o guarda Abel por protagonista aconteceu em vésperas de uma célebre deslocação do Benfica às Antas, num jogo que decidia o campeonato. João Santos era presidente das ‘águias’ e recebeu publicamente ameaças de morte, quando se encontrava na sede do Salgueiros, no Porto, na cerimónia de tomada de posse dos órgãos sociais.
O Benfica ganhou o jogo (e o campeonato) com dois golos de César Brito, e no final do encontro os dirigentes encarnados denunciaram o clima de terror imposto, culminado com insultos e agressões. João Santos não esteve presente e o então ‘vice’ Jorge de Brito abandou as Antas escondido numa carrinha Ford Transit. Foi o auge da ‘intervenção pública’ do guarda Abel. Aos poucos as sua presença foi sendo cada vez mais discreta. Actualmente, segundo o CM apurou, Abel Gomes é treinador e dirigente dos ‘Passarinhos da Ribeira’, popular clube da cidade do Porto.
Octávio MachadoA história é contada por Octávio Machado, que 'abriu o livro'. Em dois jogos de épocas distintas, já com o FC Porto campeão, foram exercidas pressões para que os dragões oferecessem uma vitória ao Gil Vicente e outra à Académica. A razão? Os dois clubes eram treinados por António Oliveira e precisavam dos pontos para se manterem no principal escalão...
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LIGAÇÕES COM D'ONOFRIO
Em 1986, o avançado do Portimonense revelou que D'Onofrio lhe prometera 500 contos e uma transferência para o FC Porto ou um clube da Itália ou da Suíça se Cadorin provocasse um penálti no início do jogo Portimonense-FC Porto (o FC Porto, cu-riosamente, acabaria por per- der esse jogo - com um golo marcado por Cadorin). Contactado em Junho de 2006 para comentar os recentes problemas de D'Onofrio com a justiça francesa, Serge Cadorin recusou-se categoricamente a prestar qualquer decla- ração on the record. "Vivo em Liè ge e não quero mais chatices", disse. Serge Cadorin morreu no passado dia 10 de Abril, com 45 anos.
Fonte:Extracto de um texto de Paulo Anunciação
O CASO APITO DOURADO
O Tribunal Administrativo de Lisboa não ilibou o FC Porto e o Boavista dos actos de corrupção. O que diz foi que a reunião da qual saíram as decisões de punir o Boavista com a descida de divisão, subtrair 6 pontos ao FC Porto e a suspensão de Pinto da Costa por 2 anos, devido a coacção a árbitros, não existiu.
O presidente da UEFA, Michel Platini, manifesta-se insatisfeito com a inclusão do FC Porto na próxima edição da Liga dos Campeões, numa entrevista concedida ao diário desportivo espanhol "Mundo Deportivo".
"Como presidente da UEFA não estou nada contente com a sua (FC Porto) inclusão na Liga dos Campeões. Digo-o claramente. Durante o meu mandato, a UEFA vai lutar até à morte contra a corrupção", garantiu o dirigente à edição de hoje do jornal espanhol. Jornal Expresso Quinta feira, 26 de junho de 2008
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O jornal a Marca lançou uma rubrica, que permite aos leitores entrevistar Santiago Segurola, director-adjunto daquele periódico espanhol. E o que diz Segurola sobre os casos de corrupção no FC Porto? Um leitor preocupado com “escândalos da máfia em Portugal, França, Itália e Inglaterra” e com as suspeitas de “compra de jogos na Liga dos Campeões”, lança o desafio. Não deveriam esses países “ter algo que proteja o desporto”, colocando “limitações aos árbitros”, que “os erros destes sejam investigados” e que “as sanções sejam exemplares”?
O leitor continua: “Espanha é um país diferente do resto do mundo? Acha que, como está hoje o mundo do futebol, um árbitro poderá influenciar o resultado? [de forma propositada, subentende-se] A resposta é arrasadora e pode ser a base de uma reflexão. Eis o que diz Santiago Segurola:
“É terrível o que está a acontecer ao futebol, perante os olhos de um jornalismo condescendente. Nos últimos anos, temos encontrado casos de doping em Itália, com a Juventus, e casos de venda de jogos em Itália e em Portugal, com equipas como Juventus e FC Porto envolvidas”.
Santiago Segurola não se fica por uma óbvia constatação e vai mais longe:
“As autoridades do futebol, a comunicação social e os agentes do próprio futebol profissional (treinadores, dirigentes, árbitros e jogadores) deveriam estar mais vigilantes, perante algo que é real e não ficção. Há clubes que fazem tudo para vencer, para se auto proclamarem vencedores, e que transgridem as regras de forma obscena. Uma das coisas mais surpreendentes de tudo isto é a repetição nos nomes das equipas. São quase sempre as mesmas: Juventus, FC Porto...”
No hablan de los jugadores fracasados en el Porto,más de 40, que estan en otros clubes pero reciben un salario pagado por el Porto.Algunos de ellos juegan en clubes en la misma liga del Porto y que sirven para alterar los resultados.Este año han ganado dinero con la venta de Falcão, pero ya han pagado más de 60 millones con jugadores sin categoría garantizada -------------------------------------------------------
¿ Por qué no hablamos de compra de arbitros y doping también ? Al parecer en Oporto son unos expertos en eso. ----------------------------------------------------------
El Oporto también se hizo famoso por los escándalos de corrupción deportiva.El caso 'silbido dorado' no fue resuelto y su presidente fue condenado por corrupción deportiva.Incluso, hay pruebas no youtube de charlas comprometedoras de él con árbitros, aunque nada fue hecho ------------------------------------------------------------------------------------
Yo diria que es un exemplo de corrupción!!! Se ha probado que pagó viajes a Brasil a arbitros y respectiva familias, hay grabaciones de conversaciones de el Presidente del Oporto em que se puede escuchar que pagava a prostitutas para los arbitros se pudieran divertir!! asi de claro...han tenido durante muchos años el beneficio de poder escojer los arbitros para sus partidos...Una verguenza! Asi ganan muchas de las ligas y participan en la Champions casi todos los años y de esta forma valorizan sus jugadores e se forran! La diferencia entre la liga portuguesa y la Italiana o incluso la Turca es que aí hay justicia y la corrupción es punida con descensos o prisión ---------------------------------------------------------------------------------------
"Es terrible lo que está pasando en el fútbol, un poco ante la mirada condesciente del periodismo. En los últimos años se han comprobado casos de dopaje masivos en Italia, caso Juventus, y de compraventa de partidos tanto en Italia como en Portugal, con equipos como la Juve y el Oporto en medio del embrollo. Las autoridades del fútbol, el periodismo y los propios profesionales del fútbol (entrenadores, directivos, árbitros y jugadores) deberían estar más vigilantes ante algo que no es ficticio es real. Hay gente que pone tanto empeño en ganar, en proclamarse ganadores, que traspasan las reglas de una manera obscena. Una de las cosas que más sorprenden de todo esto es la reiteración en los nombres de los equipos. Son casi siempre los mismos: Juventus, Oporto... " - Santiago Segurola
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CASO JOSÉ MANUEL MESTRE E SIC
Lisboa – O jornalista da SIC José Manuel Mestre, que foi condenado ao pagamento de uma multa, pelos Juízos Criminais do Porto, em 2002, devido a uma pergunta que o Presidente do FCP considerou como difamatória, foi absolvido depois de recorrer ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH).
O jornalista e a estação televisiva provada, SIC, recorreram ao TEDH, que absolveu José Manuel Mestre da sentença do pagamento de uma multa 3.990 euros, por difamação ao Presidente do Futebol Clube do Porto (FCP), Jorge Nuno Pinto da Costa.
Em causa está uma pergunta que o jornalista colocou ao secretário-geral da UEFA, em 1996, na qual questionava acerca do facto de o Presidente do FCP permanecer sentado, durante um jogo do clube, no banco junto do treinador, tendo assim abertura para pressionar o técnico e os árbitros.
O tribunal de Estrasburgo pôs em causa a decisão e condenou o Estado português, por considerar que Direitos Fundamentais do Homem foram violados, nomeadamente o da Liberdade de Expressão, previsto na Convenção Europeia, e Liberdade de Imprensa.
A sentença do recurso extraordinário de revisão da pena foi corroborada esta terça-feira, 18 de Outubro, e confirma a absolvição do jornalista da SIC, do crime de difamação a Pinto da Costa.
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CALOTEIROS
Novamente através de comunicado, o clube belga voltou a acusar o FC Porto de não pagar as transferências de Defour e Mangala. O Standard diz mesmo que vai apresentar queixa de imediato junto dos órgãos competentes.
«O FC Porto respondeu às solicitações do nosso director-geral através de um telefonema na sexta-feira, 7 de Outubro, para anunciar o pagamento dos valores devidos sob as transferências dos jogadores Mangala e Defour, o mais tardar até ao final da última semana. Apesar da promessa de pagamento - já atrasado -, nenhum valor foi pago até à data pelo FC Porto», pode ler-se no comunicado, divulgado esta terça-feira através do site oficial do clube.
Fontes: Jornais identificados, FCP Mentira Desportiva, blog Avante plo Benfica, anticorrupção150, blog a Xafarica, EDDG...
Valentim Loureiro e Pinto da Costa são suspeitos de tráfico de influências sobre magistrados da Comissão Disciplinar da Liga devido a três processos disciplinares, os conhecidos casos Mourinho, Deco e Maniche, tendo a investigação passado para as mãos de Maria José Morgado, a procurador-geral adjunta nomeada para os casos conexos com o ‘Apito Dourado’.
A investigação criminal envolvendo Pinto da Costa decorria na 6.ª Secção do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Porto, constituindo o mais grave processo do dossiê ‘Apito Dourado’. Segundo o caso iniciado no Ministério Público de Gondomar, “trata-se de crimes que colocam em causa o próprio Estado de Direito” e seus alicerces.
Os acontecimentos que levaram ao alegado crime de tráfico de influências são os casos Mourinho, Deco e Maniche, todos ocorridos durante a época de 2003/2004.
Nos dois primeiros, a intervenção de Pinto da Costa seria para atenuar as penas disciplinares aplicadas a Mourinho e Deco, enquanto no caso Maniche – que envolve a transferência do jogador do Benfica para o Porto – seria o próprio presidente dos ‘dragões’ a ser penalizado.
Segundo o Ministério Público de Gondomar, Valentim Loureiro é suspeito de ter exercido o cargo de presidente da Liga para aceder a pedidos de Pinto da Costa.
Os casos No caso Mourinho, em 1 de Fevereiro de 2004 há suspeitas de que, alegadamente, o treinador tenha rasgado a camisola de Rui Jorge, futebolista do Sporting, a quem terá desejado a morte alto e bom som. Este episódio, ocorrido no Estádio de Alvalade, está relatado no livro ‘Eu, Carolina’, escrito pela antiga companheira de Pinto da Costa e será mais um dos casos que levarão Maria José Morgado a ouvir Carolina Salgado em Lisboa.
Já no caso Deco, está em causa uma tentativa de agressão ao árbitro Paulo Paraty com uma chuteira. O presidente do FC Porto queria evitar que Deco fosse suspenso meio ano, tendo solicitado a intervenção de Valentim Loureiro para que o Major utilizasse toda a sua influência junto dos juízes de tribunais superiores então em serviço na Comissão Disciplinar da Liga.
Paulo Paraty chegou a afirmar que o então presidente da Comissão Disciplinar da Liga, o desembargador Gomes da Silva, chegou a chamá-lo à Liga, pressionando-o no sentido de classificar a intenção de Deco, só que o árbitro passou a ‘batata quente’ para Gomes da Silva. O juiz viria entretanto a ser ilibado deste caso com o arquivamento do processo no Supremo Tribunal de Justiça.
Esta decisão decorreu de forma autónoma relativamente aos outros suspeitos, porque um dos intervenientes pertence à magistratura. As alegadas pressões ao juiz Gomes da Silva continuam no DIAP do Porto, que ainda não decidiu se acusa ou arquiva.
O caso Maniche relaciona-se com a transferência do jogador do Benfica para o Porto. Pinto da Costa receava ser penalizado por essa transferência.
Há ainda o caso de Hernâni Silva, presidente do Paços de Ferreira, que a dada ocasião receava um castigo da Liga por ter injuriado um árbitro. Valentim Loureiro aconselhou-o a pedir desculpas ao árbitro.
DOIS CASTIGOS E UMA TRANSFERÊNCIA Maria José Morgado irá analisar três casos que permanecem sobre suspeita de constituírem situações de tráfico de influência. Em causa está a agressão de Deco ao árbitro Paulo Paraty, a alegada frase de José Mourinho que desejava a morte de Rui Jorge e a transferência de Maniche que motivou queixa do Benfica. CASO MOURINHO E A CAMISOLA RASGADA O antigo jogador do Sporting Pedro Barbosa expôs alguns pontos de vista depois do jogo Sporting-FC Porto, ao que José Mourinho, treinador dos ‘dragões’, retorquiu: “Não digas isso, Pedro, sabes que estás a mentir, não te fica bem mentir.” Tal conversa está relacionada com o que Mourinho terá dito, segundo o roupeiro do Sporting Paulinho. O roupeiro levou duas camisolas do jogador Rui Jorge para trocar com Jorge Costa e Deco, que foram devolvidas. Uma estava rasgada. Foi-lhe dito: “O mister mandou dizer que a tinha rasgado e queria que ele morresse em campo.” A 2 de Fevereiro de 2004, Adelino Caldeira, jurista da SAD do Porto, soube que um delegado da Liga, Paulino Carvalho, iria descrever o caso da camisola e informou Pinto da Costa. Este reuniu-se com Valentim Loureiro, Adelino Caldeira e o juiz Gomes da Silva. VALENTIM LOUREIRO ACTUA PARA MINORAR PENA A DECO Valentim Loureiro telefonou a 24 de Outubro de 2003, pelas 14h24, a Pinto da Costa por causa de Deco ter atirado uma bota ao árbitro Paulo Paraty. Valentim Loureiro quis minorar a penalização ao futebolista, refere o Ministério Público de Gondomar. A 29 de Outubro foi Pinto de Sousa, presidente do Conselho de Arbitragem, que telefonou ao árbitro Paulo Paraty, convencendo-o a evitar a expressão “agressão”, mas sim “comportamento incorrecto”. Nesse mesmo dia, Pinto de Sousa telefonou a Pinto da Costa e transmitiu--lhe o teor da conversa com o árbitro portuense, tentando convencer o presidente do FC Porto de que Reinaldo Teles ou Deco pedissem desculpa ao árbitro. Ainda nesse dia, pelas 20h56, Valentim Loureiro telefonou à RTP para não serem reveladas imagens da agressão. Jornalista concordou. ALMOÇO REVELA QUE CASO MANICHE SERIA ARQUIVADO Perante a queixa do Benfica sobre a transferência de Maniche para o FCPorto, em Outubro de 2003, o advogado Lourenço Pinto diz a Pinto da Costa: “Ouve lá, tu já ligaste ao Major?”. Pinto da Costa diz: “Mas, oh doutor, eu já lhe disse. Eles (Benfica) até estão, querem e queriam-me separar [Pinto da Costa estará a referir-se que o Benfica apresentou uma queixa contra o FCPorto e outra contra o próprio Pinto da Costa), porque eles vão meter um processo-crime contra ela e outro a quem arranjou aquilo”. A 5 de Janeiro de 2004, Valentim Loureiro e Pinto da Costa almoçaram juntos e às 14h36 o major ligou ao juiz desembargador Gomes da Silva, tendo este adiantado: “O processo de Maniche será arquivado e Pinto da Costa já sabe de antemão”. Gomes da Silva era presidente do Comissão Disciplinar da Liga. VOGAL DA LIGA É ARGUIDO Antonino Silva, um dos três elementos da Comissão de Arbitragem da Liga, presidida por Hermínio Loureiro, é um dos arguidos do ‘Apito Dourado’ no megaprocesso por alegada falsificação de classificações dos árbitros durante a época de 2003/04. O processo já está nas mãos de Maria José Morgado. Antonino Silva faz parte do rol de 61 arguidos suspeitos de crimes de falsificação de documentos agravada, que inclui como autores ou como cúmplices Pinto da Costa, Valentim Loureiro, Isabel Damasceno, Pinto de Sousa e João Loureiro. Em causa estão alegadas pressões sobre observadores de árbitros e falsificação dos relatórios, para beneficiar árbitros e prejudicar outros nas classificações, concluíram as investigações criminais. O vogal da Liga negou à PJ qualquer envolvimento no processo. OCM tentou contactar Hermínio Loureiro e Antonino Silva, que estiveram incontactáveis. Vítor Pereira, presidente da Comissão de Arbitragem da Liga, afirmou ao CM desconhecer que Antonino Silva seja arguido. ASSINATURA FALSA NO CONTRATO DE COMPRA DE MANICHE O presidente do FC Porto nunca comentou as suspeições de que é alvo, mas deu a sua versão sobre os factos à então juíza de instrução criminal de Gondomar, Ana Cláudia Nogueira, a 7 de Dezembro de 2004. O CM publica a versão de Pinto da Costa sobre os casos Mourinho, Deco e Maniche. Sobre o caso Maniche, o presidente portista disse que o jogador foi contratado por insistência de Mourinho, contra a sua vontade e da SAD. “Surgiu a possibilidade de o contratar e como o contrato com o Benfica acabava estavam reunidas as condições legais para o FCPorto acertar negociações”. O presidente disse que a sua assinatura num contrato-promessa “foi falsificada”. “Não a reconheço como minha nem faço ideia como ali foi posta”. “Nem o FC Porto nem eu próprio poderíamos ser parte no contrato, até porque o destino do Maniche, traçado pelo seu empresário Paulo Barbosa e o jogador, seria a equipa do Bordéus.” Em relação ao caso Mourinho e à camisola rasgada de Rui Jorge, Pinto da Costa declarou que estava no hall do balneário ao telefone quando surgiu Fernando Santos [então treinador do Sporting], com uma camisola rasgada, que, dirigindo-se a Mourinho, afirmou: “Oh Zé, isto não é nada.” Segundo o testemunho, quem lhe contaram foi o roupeiro do Sporting, Paulinho. “Tenho a impressão que padece de alguma limitação a nível mental”, disse Pinto da Costa acrescentando que na altura até teve a curiosidade de tentar rasgar a camisola à mão: “Verifiquei que era impossível.” O presidente negou ainda ter falado com Valentim Loureiro sobre o caso, mas admitiu que o jurista Adelino Caldeira, da SAD do Porto, possa ter falado com o Major. Sobre o episódio Deco, negou que o futebolista tenha atirado a bota contra o árbitro Paulo Paraty. “Primeiro, atirou a bota ao chão de forma violenta e depois para a frente”. O presidente do FC Porto admitiu ter feito sentir a Valentim Loureiro, enquanto presidente da Liga, “desagrado por esta situação”. Pinto da Costa estava preocupado com o relatório do jogo, “que não respeitava a verdade”, tendo o recurso para o Conselho de Justiça da FPF baixado o castigo de três para dois jogos, com base nas imagens televisivas. PENAS - ATÉ CINCO ANOS O crime de tráfico de influência, a provar-se, implica pena de prisão que pode ir até cinco anos para Valentim Loureiro e três anos para Pinto da Costa. DECO I - AGRESSÃO Valentim Loureiro para jornalista da RTP: “Ouça lá, se não houver branqueamento da situação, aquilo [agressão] no mínimo são três meses”. DECO II - SUSPENSÃO A 30 de Outubro Valentim Loureiro telefonou a Emanuel Medeiros, secretário-geral da Liga, para Deco ser suspenso antes de jogo com o Boavista. JUIZ - ARQUIVADO O Supremo Tribunal de Justiça arquivou o processo relativo ao juiz Gomes da Silva, alegadamente alvo de tráfico de influências no caso Deco.
Árbitros: Antero esteve em Lisboa com Vítor Pereira, líder do CA da FPF
FC Porto: Reunião secreta para vetar Duarte Gomes e Bruno Paixão
O FC Porto vetou os árbitros Duarte Gomes e Bruno Paixão. Segundo soube o CM, no dia 14 de Setembro, o nº 2 dos dragões, Antero Henrique, esteve em Lisboa e reuniu-se com o presidente do Conselho de Arbitragem (CA) da FPF, Vítor Pereira, o ‘vice’ Antonino Silva e o vogal Lucílio Baptista. Luís Guilherme (vogal) também foi convidado, mas, de acordo com as fontes contactadas, recusou, por entender que o CA não deve ter reuniões secretas com os representantes dos clubes.
Recorde-se que recentemente Vítor Pereira, da arbitragem, referiu que a arbitragem era gerida de dentro para fora... Palavras levam-nas o vento... e os atos não correspondem ao discurso!
É por estas e muitas outras que dia 2 de outubro, frente ao Barcelona, ESTE PROTESTO faz todo o sentido e é uma oportunidade única para tentar denunciar tudo o que se passa no futebol Português.
Uma palavra de esperança para os funcionários e atletas do Clube - Pode ser que a coisa se resolva hoje com as vendas do boneco verde do Moutinho e do Rolando...??
Apesar de considerar que o episódio ocorrido entre Luisão e o árbitro teatreiro mais não foi que uma encenação barata e de má qualidade a verdade é que Luisão ou qualquer outro jogador do Benfica não pode, em circunstância nenhuma, abordar os árbitros daquela forma. No balneário do clube esta situação deve ser discutida e servir de exemplo para o futuro e para que não volte a acontecer. Não defendo, como alguns Benfiquistas que a "culpa" do episódio deve ter consequências "demolidoras" para o nosso capitão, treinador e Presidente mas também não deve ser esquecido.
Agora sabemos que a FIFA está a analisar o caso ( não devendo pronunciar-se) mas a Federação Portuguesa de Futebol encaminhou o processo para o Conselho de Disciplina... escusamos ficar descansados! Por certo o castigo a Luisão será, das duas uma, resolvido da seguinte forma: Ou é decido com urgência máxima e a sentença sai bem antes que o castigo aos Incendiários ou, ficará suspensa até momento mais oportuno, isto é, para uma fase mais decisiva da Liga Zon Sagres...
Aguardemos...
Entretanto os incendiários continuam impunes e os corruptos, com a falta de vergonha habitual, vão lançando fogo à peça. Não defendo que a defesa do Benfica deve passar por chamar à colação situações muito mais graves e perpetradas pelos corruptos impunes mas, como eles não se enxergam... importa recordar e perguntar pelas consequências dos seguintes atos:
MAS MAIS, AINDA SE LEMBRAM DAS ESCUTAS DO APITO DOURADO, DO CASO DOS QUINHENTINHOS, DA CHUTEIRA DO DECO NA CARA DO ÁRBITRO, DAS AGRESSÕES BÁRBARAS E RECORRENTES DO BRUNO ALVES, DO JORGE COSTA E DO PAULINHO SANTOS, DAS VIAGENS AO BRASIL OFERECIDAS AOS ÁRBITROS, DAS ARCAS FRIGORÍFICAS DO REINALDO, DA FUNDAÇÃO PORTO/GAIA...
A PortoGaia, fundação criada em 1999 para construir e gerir o centro de estágios do Futebol Clube do Porto, é uma das que pode ser extinta por ter tido uma das piores avaliações no censo efectuado pelo Governo. 84,4% das suas receitas provêm de dinheiros públicos.
A fundação obteve uma classificação de 26,1 (numa escala de 0 a 100) na avaliação que o Governo conduziu e que se integra no censo que analisou todas as fundações nacionais.
Um processo envolvido em polémica desde o início
O presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes, assegurou a construção do centro de estágios dos “dragões” numa altura em que os azuis-e-brancos procuravam construir um centro de treinos fixo nas redondezas do Porto. Candidataram-se Gaia, Maia e Santa Maria da Feira, mas a preferência de Pinto da Costa recaiu sobre a cidade da margem sul do Douro.
Notícias da época recordam que, só em terrenos, a Câmara de Gaia pagou 1,5 milhões de euros. A fundação PortoGaia foi constituída em Maio de 1999 e o centro de estágios inaugurado a 5 de Agosto de 2002, começando a ser utilizado pelos actuais campeões nacionais alguns dias depois, a 12 de Agosto.
Em 2004, uma reportagem da revista Visão citava um relatório da Inspecção-Geral de Finanças que, numa fiscalização à Câmara de Gaia, que concluía que a autarquia pagou a totalidade dos custos do centro de treinos: 16 milhões de euros. O FC Porto teria assegurado o direito de superfície dos terrenos por 50 anos e apenas paga uma renda mensal de 500 euros pelo centro de estágio.
HOJE É DIA DE LUTO NACIONAL! FAZ 30 ANOS QUE A VERDADE DESPORTIVA ABANDONOU O FUTEBOL PORTUGUÊS!
30 ANOS DEPOIS OS VERDADEIROS CORRUPTOS ANDAM À SOLTA E RIEM-SE DAS SUAS PRÓPRIAS MANIGÂNCIAS SOB O ESCUDO DA IMPUNIDADE E DO MEDO...
COMO FORMA DE ASSINALAR O INFELIZ DIA DEIXO PARA MEMÓRIA FUTURA O SUMO DESTES 30 ANOS:
GUÍMARO, CALHEIROS, MARTINS DOS SANTOS E COMPANHIA;
AGÊNCIAS DE VIAGEM, GUARDA ABEL, ESCUTAS TELEFÓNICAS E APITOS DOURADOS;
MARISCADAS, FRUTA E LEGUMES E SACOS DE PLÁSTICO COM DINHEIRO, QUE GRANDE ALEGRIA...
JORNALISTAS SILENCIADOS, JUÍZES CONTROLADOS, MAGISTRADOS AMEDRONTADOS E TÍTULOS ROUBADOS!!
EM EXIBIÇÃO NUM ESTÁDIO PERTO DE SI...
VIVA A VERDADE DESPORTIVA! VIVA O FUTEBOL PORTUGUÊS!!!
QUALQUER SEMELHANÇA COM A REALIDADE É PURA COINCIDÊNCIA...
«Há clubes que fazem tudo para vencer, para se auto proclamarem vencedores, e que transgridem as regras de forma obscena. Uma das coisas mais surpreendentes de tudo isto é a repetição nos nomes das equipas. São quase sempre as mesmas: Juventus, FC Porto...» - Santiago Segurola, director-adjunto do jornal A Marca
... AMIGO DE DIVERSAS CASAS DO FCP, DE ÁRBITROS DE FUTEBOL ( É SÓ CONSULTAR O SEU PERFIL NO FACEBOOK PARA CONFIRMAR) E APESAR DE SER PORTUGUÊS ESCREVO NA LÍNGUA DE CAMÕES PIOR QUE UM MIÚDO DE 6 ANOS....
Entretanto a Comissão Executiva da Liga Portuguesa de Futebol decidiu suspender, “com efeitos imediatos”, o delegado Manuel Armindo por violação dos deveres da atividade que exerce no futebol, com origem no seu perfil na rede social Facebook.
NÃO SÃO ESTAS DECLARAÇÕES SUFICIENTES PARA O MINISTÉRIO PÚBLICO ABRIR UM INQUÉRITO E PERCEBER AFINAL O QUE SABE ESTE sr SOBRE COMO FUNCIONA O SISTEMA QUE CONTROLA A ARBITRAGEM EM PORTUGAL???
Conseguir uma entrevista com Marinho Neves não é fácil. Um dos maiores nomes do Jornalismo desportivo do pós-25 de Abril, sempre atraiu muitas polémicas que lhe valeram muitos dissabores pelo que disse e sobretudo, pelo que escreveu. Afastado pelos lobbys da comunicação social por atrair problemas com o "poder", decidiu abrir uma excepção e conceder uma entrevista ao Cabelo do Aimar. E nós agradecemos.
Cabelo do Aimar: O Marinho Neves também tem um “ganda” cabelo como o Aimar. O que acha do Argentino?
Marinho Neves: Gosto de o ver jogar. É rápido, tem qualidade e a sua força deve estar no cabelo como Sansão, porque cabedal ele não tem.
CdA: O grande sucesso Golpe de Estádio é um romance ou uma comédia? O que pretendia com a publicação desse livro, gozar ou informar?
MN: Naquela altura era necessário dizer a verdade e não havia outra forma de o fazer. Penso que consegui estabelecer um diálogo com o leitor, espevitando-lhes a curiosidade. Mas, não conheço nenhum romance que não seja baseado em histórias reais.
CdA: Muitos dizem que esse livro ditou a sua reforma antecipada dos principais meios de comunicação. Mas custou-lhe algo mais, como perseguições, tentativas de envenenamento ou até mesmo de assassinato. Sabe os nomes e os motivos de quem orquestrou esses actos?
MN: Fui de facto perseguido, muito perseguido, ameaçado e continuo a ser. Mas, não é verdade que tenha sido a minha reforma antecipada. Depois da publicação do livro trabalhei no programa da SIC "Os Donos da Bola" e em vários jornais, não obstante me terem tentado boicotar todos os trabalhos que iam aparecendo. Não o conseguiram porque Portugal não se resume à cidade do Porto, e Lisboa nunca me fechou as portas. Cheguei a estar contratado para o jornal "A Bola" e no dia em que devia entrar inverteram a situação. Foi caso único na capital.
CdA: Qual foi o restaurante onde o drogaram? Para que os nossos leitores saibam antes de lá ir comer.
MN: Foi exactamente no mesmo restaurante onde já foram apanhados alguns árbitros portugueses e estrangeiros que foram cear com dirigentes. Uma vez, vinha a sair desse restaurante em Matosinhos e à saída tinha dois jagunços à minha espera. Só não me aconteceu nada porque ia muito bem acompanhado.
CdA: Na sua intervenção no Prós & Contras sobre corrupção no futebol, pareceu bastante incomodado com a maneira jocosa com que Valentim Loureiro se apresentou. O que lhe passou pela cabeça quando o viu a “berrar” que ia ser absolvido porque nunca fez falcatrua no futebol?
MN: Quando fui a esse programa foi-me prometido que teria linha aberta para dizer o que quisesse. Mas, quando me estava a maquilhar, o Valentim Loureiro estava ao meu lado e mostrou-se incomodado com a minha presença. Quando me sentei, senti de imediato que nunca me dariam a oportunidade de dizer o que sabia, não obstante o presidente do Sporting, Dias da Cunha, ter dito nesse programa que tudo o que aprendeu no futebol foi comigo. Depois… foi uma comédia.
CdA: Você tem alguma coisa a ver com o Polvo dos Papalvos, com o Blog da Bola ou com o Tripulha das escutas?
MN: Com "O polvo dos papalvos e "Tripulha das escutas" não. Nem sequer conheço. Já o Blog da Bola, foi com grande emoção que me vi obrigado a encerrar, tantos eram os processos judiciais, todos arquivados porque apresentei provas do que dizia. Mas não deixei de gastar fortunas em advogados e despesas judiciais. Em toda a minha carreira jornalística tive 35 processos judiciais, todos arquivados antes de julgamento com a excepção de um, em que fui absolvido.
CdA: O que faria se lhe dessem a presidência de um dos clubes mais mediáticos de modo a "limpar" o futebol em Portugal?
MN: Mesmo como presidente de um clube podia fazer muito pouco. Primeiro tinha de conquistar a simpatia e a confiança da maior parte dos clubes e só juntos podíamos normalizar o actual sistema. Pinto da Costa demorou 10 anos a montar a máquina enquanto os clubes da capital se degladiavam.
CdA: Que previsão faz para o Futebol Clube do Porto e para o futebol nacional, quando Pinto da Costa abandonar o cargo no clube?
MN: Esse vai ser o grande problema dos portistas. Quando Pinto da Costa acabar, o clube também acaba.
CdA: É do foro público que o Marinho trabalhou para o Sporting contra o “sistema”. Quem foi a primeira pessoa a iniciar essa luta contra o “sistema” no futebol Português?
MN: Quando Dias da Cunha foi eleito presidente do Sporting, depressa se apercebeu da falcatrua que era o nosso futebol. Não sabia para que lado se havia de virar. Fui então contactado pelo seu assessor, Carlos Severino, para ver que disponibilidade tinha para trabalhar directamente com o presidente com a função de o alertar dos perigos que o clube corria. Inicialmente não me mostrei muito interessado, mas por outro lado pensei que poderia lutar por dentro e combater a corrupção, até porque a Polícia Judiciária já me tinha como consultor e não me pagava nada. Aceitei, mediante um bom vencimento e com a condição, por mim proposta, de que se não gostassem do meu trabalho despedia-me sem qualquer tipo de indemnização. Fiquei por lá seis anos, mas no meu segundo ano fomos campeões nacionais, principalmente porque o Sporting sabia com 15 dias de antecedência as armadilhas que lhes estavam a preparar. Um exemplo: 15 dias antes avisei o presidente que no jogo X que antecipava um jogo com o Porto, o árbitro da partida seria fulano e que Beto e Rui Jorge iriam ser espicaçados por esse árbitro durante o encontro para este encontrar motivos para os expulsar. No dia do jogo confirmou-se a minha informação. Num outro caso, num jogo decisivo para a conquista do campeonato, frente ao Boavista, soube que o árbitro da partida tinha ido almoçar com Valentim Loureiro, que era presidente da Liga. Avisei o presidente e todos ficaram em pânico. Não sabiam o que fazer porque não havia provas. Disse-lhes que a única coisa a fazer era Manolo Vidal, antes do jogo, quando fosse entregar as fichas aos árbitros, deveria dizer: "Então o almoço de terça-feira foi bom?" Mais nada. Quando o árbitro ouviu aquela pergunta associou de imediato a intenção do delegado ao jogo e ficou em pânico, contou-me depois Manolo Vidal. Durante esse jogo o árbitro até beneficiou o Sporting e fomos campeões. O árbitro não sabia que provas tínhamos e como era internacional, não colocou a sua carreira em risco. Mas a conquista do campeonato desencadeou uma série de invejas dentro do próprio clube e quando dei por ela estava a lutar contra gente que estava a ser paga pelo clube, mas que queria que este perdesse para conquistarem o poder e poderem fazer os seus negócios. Cheguei mesmo ao ponto de saber que os meus relatórios semanais eram entregues, por gente do Sporting, aos nosso principais inimigos, Porto e Boavista. Não sou nem nunca fui sportinguista e nunca escondi isso. Era apenas o meu trabalho.
CdA: As acções do Sporting nessa luta contra o “sistema” tinham qual objectivo? E as do Benfica? Os lutos pela arbitragem, levar DVD’s ao ministro ou qualquer outro tipo de protesto surtem mesmo algum efeito? Amedrontam o “sistema”?
MN: A primeira coisa que fiz, foi convencer Dias da Cunha de que devia fazer uma aliança com o Benfica se queriam conquistar o poder. Sempre disse que o inimigo do Sporting não era o Benfica, mas o Porto e o Boavista da altura. Consegui. Dias da Cunha fez uma aliança com Luís Filipe Vieira e foi à televisão dizer que as cabeças do sistema eram Pinto da Costa e Valentim Loureiro. Forneci documentos que provavam isso mesmo. O Porto e o Boavista começaram a sentir-se ameaçados e começaram a minar o Sporting por dentro utilizando alguns elementos que hoje continuam no clube. Dias da Cunha não aguentou a pressão e demitiu-se. Pedi a demissão com ele.
CdA: E crê que Benfica e Sporting alguma vez vão lutar em igualdade de circunstâncias com o Porto nos bastidores do futebol nacional? Essa união entre os dois clubes poderia purificar o nosso futebol ou acha que cada qual, à vez, preferem aproveitar o que podem do velho “sistema” que se encontra ainda, residualmente, instalado para próprio benefício?
MN: Para se ganhar e encontrar defesas para os mais diversos ataques, é necessário ter poder. Disse isso muitas vezes a Dias da Cunha. Primeiro tinham de conquistar poder na AF de Lisboa, como fizeram os Dragões na sua cidade. Depois encontrar aliados nas Associações mais poderosas para se chegar ao poder na FPF, mais propriamente na disciplina e arbitragem. Não para fazer o mesmo, mas para fiscalizar e enfraquecer o poder de manobra do seu mais directo opositor. É necessário que os árbitros sintam que estão sob vigilância permanente. Houve casos em que grandes árbitros eram promovidos e mostravam qualidade, mas se não se adaptavam ao sistema, eram despromovidos. Muitos queriam ser honestos, mas o sistema não lhes permitia tal atitude. Os mais vigaristas eram sempre os primeiros a ser promovidos. Para travar tudo isto era necessário ter poder e Benfica e Sporting não tinham um único dirigente na FPF ou na Liga para fiscalizarem a situação ou impor a sua vontade. Vejam o exemplo desta época: O Porto está zangado com o Sporting e Benfica e a época deles tem sido um desastre, imaginem o que seria se Sporting e Benfica fossem aliados. Tem sido assim ao longos dos 20 anos e os clubes de Lisboa não aprendem. Pinto da Costa é um mestre na acção de dividir para reinar.
CdA: Falou nos árbitros. É possível, a um qualquer árbitro, chegar a internacional sem essa tal “bênção” do “sistema”?
MN: Nem pensar. O próprio Vitor Pereira sabe que só está naquele lugar porque tem uma grande flexibilidade de coluna. Quando não for assim acontece-lhe como aos outros. É despedido ou criam-lhe situações que o obriguem a demitir-se.
CdA: O que aconteceu a quem lutou contra isso? Que outras protagonistas do Futebol, para além do Marinho, foram afastadas da ribalta do futebol?
MN:Infelizmente não há muitos mais. Lembram-se do árbitro José Leirós? Denunciou uma tentativa de corrupção por parte do Braga. Nesse dia era pré-internacional e a quem todos apontavam como internacional, mas no final da época, acabou por ser despromovido para a 2ª categoria e depois desistiu. Mas houve muitos mais, mesmo em termos de comunicação social. No programa "Donos da Bola" da SIC, tínhamos 52% de share, ou seja, o programa mais visto desta estação e de um dia para o outro acabaram com ele. Nós estávamos sempre à frente da polícia. A PJ tinha um plantão a ver o programa e com base nas nossas informações fazia buscas à segunda-feira. Nesse tempo o futebol tremeu, mas quem caiu fomos nós.
CdA: Sabemos que se tem dedicado a outras artes, com bastante sucesso até. Pensa ainda voltar a exercer a sua profissão, após ter sido um dos primeiros jornalistas de investigação desportiva ou será que esta nova geração de directores nas publicações continuam a não ter “tomates” para contrariar o poder?
MN: Para mim o jornalismo acabou, mas acabou porque eu quis. Os novos jornais não querem gente com coragem e integra. Querem moços de recados. Serviçais do poder. É como disse Sócrates: "Não me preocupo com jornalistas. Prefiro controlar os seus patrões." Hoje já não é uma questão de tomates, mas sim de atitude. Se tens tomates não tens onde escrever. Eu mesmo tenho o Golpe de Estádio 2 já escrito há mais de 6 meses e quando se soube disso desapertaram-me as rodas do meu jeep. Também sei que a maior parte das editoras estão controladas, assim como livrarias, vejam o que aconteceu ao livro do Octávio. Alguém falou disso??? Quase passou despercebido. É assim que o poder joga.
CdA: Por fim, gostaria de deixar alguma mensagem aos milhares de leitores "anónimos" que este e outros blogs de futebol congregam que repudiam a maior parte dos jornalistas pela falta de isenção inerente?
MN: Entendam melhor os jornalistas. Conheço muitos que gostariam de mostrar coragem, mas ela morre logo na marcação dos serviços.
Bandido entrou para resolver os problemas - Pois, como todos percebem, o Bandido foi o Sr. do Apito! Um título muito bem concebido e que deve ser lido nas entrelinhas...
Atsu falha jogo com FC Porto.... A PIADA DA SEMANA... CURIOSAMENTE EM VÉSPERAS DE JOGO CONTRA OS CORRUPTOS, ATSU, UM DOS MAIS INFLUENTES JOGADORES DO RIO AVE E EMPRESTADO PELO porto LESIONA-SE....
A SIC vai hoje levar a efeito uma entrevista, que considero ser uma afronta e uma Vergonha! A SIC vai entrevistar um corrupto comprovado, um mandante de agressões várias, um merceeiro de árbitros que os comprou com fruta e legumes e viagens e prendas, um fulano da pior espécie que até fingiu uma reconciliação com a mulher (coitada da Filomena) só para ficar bem aos olhos dos seus amigos Juízes do Porto - só não foi formalmente acusado no Processo Apito Dourado porque quem tinha esse dever não o exerceu por Medo. Um vigarista que não paga os ordenados aos jogadores das modalidades do seu clube e já há quem diga dos próprios jogadores de futebol, não paga aos clubes a quem compra jogadores mas paga 5 milhões em comissões a determinados empresários, um vendedor de passes de jogadores a empresas inexistentes e de amigos.... Mas hoje não lhe vão questionar sobre nada disto! E por isso é que TODOS DEVEMOS HOJE FAZER UM BOICOTE À SIC!! Vale o que vale mas pelo menos marcamos posição e não pactuamos com VIGARISTAS, TRAULITEIROS, MAFIOSOS E JORNALISTAS MERDOSOS...
«...hoje vão entrevistar na vossa estação (SIC) o gajo que mais mandou bater em jornalistas neste país...mesmo assim vão-lhe dar beijinhos e estender-lhe a passadeira!»
Hoje (ONTEM), na transmissão do jogo do Benfica em Guimarães para a Taça da Liga, assistimos a um festival, inacreditável, de falta de rigor e de isenção do narrador da SIC Luís Marçal. Foi tão descarado que duvido que tenha sido inocente. Espero que a Direcção do SLB não deixe passar em claro, o miserável tratamento dado ao Benfica pela SIC, durante e no pós jogo. Entretanto nós benfiquistas podemos fazer algo: Amanhã (hoje), a seguir ao jornal da noite, a SIC vai entrevistar o dirigente do FCP condenado por corrupção desportiva. Apelo, pois, a todos os benfiquistas para um boicote total à SIC. Inequivocamente.
adenda: Sobre a competência de Luís Marçal vejam isto publicado em Julho - Via MasterGroove;
Sapunaru está de saída do Porto mas, antes de ir embora, quis repor a verdade, aquela verdade que Pinto da Costa sempre negou (apesar das imagens que todos vimos), vem agora o Romeno dizer o seguinte: «Não devia ter agido daquela forma na Luz»«caso do túnel». Esta mensagem não é para nós Benfiquistas que vemos e acreditamos no que vemos é antes para todos aqueles Portistas do FC do Porto que sempre disseram que não tinha existido qualquer caso no túnel da Luz - com jogadores do Porto, claro está!!
Pois é, no Dubai assistiu-se a um acontecimento que devia levar a pensar o Mundo do futebol.... Que raio de prémios são estes?? quanto custaram aos premiados?? qual o método de escolha??? a FIFA e a UEFA reconhecem estes prémios???
Um dirigente assumidamente corrupto, apanhado em escutas, verdadeiras ainda que sem valor jurídico, é premiado por uma organização denominada Globe Soccer Awards...
UMA VERGONHA!!
Sobre isto escreveu e bem o nosso amigo Carlos Alberto, aqui.
“(…)Nessa altura, já o afortunado imitador de cães se transformara, por livre e espontânea vontade (ou, quem sabe, por instinto), num mero defesa, que recuperava representações caninas na forma frequente com que cheirava a bola e corria atrás dos calcanhares do adversário.(…)”