BENFICA, ÉPOCA 2013/2014
A época 2012/2013 ficará marcada para sempre na memória dos Benfiquistas. Foi uma época repleta de emoções e de sonho mas que infelizmente acabou em pesadelo.
O Benfica esteve 9 meses em grande mas falhou tudo em 20 dias. Os 20 dias mais decisivos da época foram fatais e injustos para a equipa que era merecedora de melhor sorte. Muitas podem ser as explicações para o sucedido. Da falta de sorte a opções erradas. De demasiada pressão colocada na equipa a alguma falta de rotação de jogadores influentes no meio campo. Das falhas do nosso guarda-redes Artur à falta de pontaria da equipa, em especial no início dos jogos com o Estoril e Chelsea. Da falta de uma estrutura forte de apoio ao futebol aos erros de arbitragem que muito favoreceram o nosso principal adversário. De algumas substituições eventualmente mal feitas às tão ridículas como extemporâneas entrevistas concedidas por João Gabriel e Luís Filipe Vieira no seguimento da vitória na Madeira. Qualquer que sejam as possíveis explicações, que são sempre especulativas e eventualmente injustas se apontarem para um único responsável, prefiro apontar para uma falha conjunta. Quem falhou na época do Benfica foram todos: Presidente, estrutura do futebol, treinador e jogadores, sem excluir alguns adeptos que embarcaram em "reservados" antecipados. Todos foram responsáveis e, agora, não interessa encontrar bodes expiatórios específicos. O mal está feito e não existe forma de dar a volta à situação!
Uma coisa é, para mim, certa. Todos crescemos com a enorme desilusão verificada nesta época. Temos pois que aproveitar o trabalho positivo realizado e alterar o que se considere negativo.
Anunciada a renovação do mister Jorge Jesus, para mais 2 anos no comando da equipa do Benfica, goste-se ou não da difícil decisão do Presidente, importa, ao invés de criticar por criticar, apoiar a decisão e trabalhar arduamente para a próxima época.
Uma das criticas recorrentemente dirigidas à estrutura de apoio ao futebol profissional do SL e Benfica tem, justamente, sido o fraco planeamento atempado e precavendo situações de saídas para lugares chave do plantel que, por consequência, colocam em perigo o desejado equilíbrio do quadro de jogadores da equipa principal. Escusado será referir as saídas de Witsel e Javi Garcia no último dia do defeso passado, sem hipótese de substituição ou reforço da equipa. Outros exemplos existem mas a título de exemplo bastam estes.
O que a estrutura do Benfica devia fazer, em primeiro lugar, era reforçar os setores onde a equipa patenteia maior necessidade e menor equilíbrio. Fazendo o diagnóstico era atacar o mercado desde já. As laterais defensivas urgem, há anos, ser reforçadas. Precisamos de um bom trinco (n.º 6) e de um central de qualidade. De seguida, verificar que jogadores do atual plantel podem estar em risco de saída (Garay e Matic, por exemplo) e antes de efetivar estas ou outras quaisquer transferências já ter alinhavada a sua substituição (muito importante: não se protelem as vendas. Se necessitamos vender que se venda quanto antes para permitir ir adquirir ao mercado, com tempo, substitutos à altura).
Em suma: importa fazer o diagnóstico das necessidades; Reforçar a estrutura de apoio ao futebol;
identificar objetivos;
precaver eventuais saídas, trabalhando, desde já, na construção de um plantel rico (na medida do possível) e equilibrado.
O tempo das lamentações já terminou. Agora é tempo de coragem, de trabalho e de planeamento.
FORÇA BENFICA!!