AINDA SOBRE A CONTINUIDADE DE JORGE JESUS
Depois do afastamento matemático dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, Jorge Jesus tem cada vez menos espaço de manobra como treinador principal do Benfica. Contudo, o DN sabe que Luís Filipe Vieira não vai, para já, tomar a iniciativa de tentar um acordo amigável para a rescisão do contrato que une as duas partes.
As saídas a meio da temporada de Camacho e de Fernando Santos, este após a jornada inaugural da Liga (empate com o Leixões, 1-1), servem agora de exemplo ao presidente dos encarnados. Notou-se uma alteração na política desportiva do clube quando aguentou Quique Flores durante uma época inteira. E o mesmo pretende fazer com Jorge Jesus, que foi uma aposta pessoal do líder dos encarnados.
DIGO EU: Concordo que não deve, de forma nenhuma, o Benfica despedir o seu treinador. Historicamente sabemos que nada resolve mudar de treinador a meio da época; Sentimentalmente todos devemos estar agradecidos por tudo quanto Jorge Jesus nos deu na época passada e não somos mal agradecidos; Racionalmente considero que não durará para sempre o agradecimento ao nosso mister mas não é o momento de tomar medidas drásticas, por mais que a máquina trituradora dos adeptos Benfiquistas assim o deseje; Clubisticamente todos estamos desiludidos e quando digo todos incluo, naturalmente, a Direcção do Benfica, a equipa técnica e os nossos jogadores, todos desejamos mais e melhor mas não será com rupturas que melhoraremos o que quer que seja; Oportunamente, mas não agora e só no final da época, teremos todos oportunidade de fazer o balanço da época e sugerir mudanças, quer sejam no plano técnico ou directivo ou ambos.